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Organização pressiona por abordagem de direitos humanos

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Uma das principais organizações de defesa dos direitos humanos no Brasil, a Conectas, enviou à presidente Dilma Rousseff carta na qual pede que ela inclua o tema em sua visita a Obama.

"Direitos humanos não podem vir sempre a reboque de comércio", disse à Folha Lucia Nader, diretora-executiva da ONG, aludindo ao habitual pragmatismo do Brasil em suas relações exteriores.

"O papel do Brasil hoje no cenário internacional e o que quer desempenhar fazem com que ele tenha que ter uma política externa ousada na área dos direitos humanos, baseada em princípios."

Esta é a primeira vez que a ONG, que nos últimos dez anos tem cobrado uma posição mais efetiva do governo brasileiro, mira os EUA.

Durante sua visita a Cuba em janeiro, Dilma foi questionada se trataria de direitos humanos com Raúl Castro e respondeu mencionando Guantánamo -e a falta de debate a seu respeito- como exemplo de uma seletividade em debates sobre o assunto que ela diz querer combater.

Durante a campanha à Casa Branca, em 2008, Obama prometera fechar a prisão que os EUA mantêm na base militar americana em território cubano desde o início de sua "guerra ao terror", em 2001.

Mas a prisão segue aberta, com 171 detentos à espera de julgamento, no que ativistas e juristas veem como uma infração das Convenções de Genebra sobre os direitos dos prisioneiros de guerra.

O Itamaraty, porém, tratou de baixar as expectativas. Ontem, o porta-voz Tovar Nunes respondeu à Conectas que "não está previsto que a questão de Guantánamo seja singularizada na reunião".

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