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Embraer e Boeing assinam acordo em seminário encerrado por Dilma

DE WASHINGTON
DA ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON

A Embraer anunciou ontem que assinou memorando de entendimento com a norte-americana Boeing para cooperação com foco em eficiência operacional, segurança e produtividade.

O entendimento foi assinado durante o seminário "Brasil-EUA: Parceria para o Século 21", encerrado pela presidente Dilma Rousseff.

"Esse significativo acordo entre duas líderes do setor aéreo proporciona oportunidades reais para reduzir os custos operacionais dos clientes", disse Jim Albaugh, presidente da Boeing, sem explicar como o custo será reduzido e como será a cooperação.

Os executivos das companhias afirmaram que detalharão o trabalho em conjunto nos próximos meses. As empresas anunciaram ainda a intenção de cooperar na pesquisa sobre biocombustíveis.

As duas companhias estão envolvidas em disputas -em fevereiro, a Defesa dos EUA sustou a compra de 20 jatos da Embraer por problemas na licitação, e a empresa americana deve ser preterida pelo Brasil na compra de caças.

O acordo entre Embraer e Boeing foi o primeiro após o Memorando de Entendimento sobre Parceria em Aviação, assinado ontem por Brasil e EUA com o objetivo de facilitar a cooperação entre esferas públicas e entes privados.

Outros memorandos foram assinados, com temas como o estímulo às relações entre municípios e Estados brasileiros e americanos, moradias sustentáveis, desenvolvimento urbano e cachaça.

Os países também assinaram entendimento sobre cooperação científica envolvendo a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o Ministério da Educação dos EUA.

O seminário, concorrido, reuniu empresários brasileiros e americanos com interesse em trocas comerciais.

Após terminar sua palestra, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, foi cercado por executivos. Durante sua fala, pôs o banco à disposição para financiar investimento direto no Brasil: "Batam à nossa porta, por favor".

PROTESTOS

Ao chegar para o seminário, Dilma foi recebida por cerca de 30 pessoas, trabalhadores locais (como técnicos de informática e auxiliares) dos consulados e da Embaixada do Brasil nos EUA; eles protestavam contra a política de salários do Itamaraty.

Num dos consulados, uma copeira ganha US$ 2.700.

Em seu site, a associação americana dos produtores de calçados aproveitou a visita da presidente para protestar contra as barreiras brasileiras aos seus produtos.

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