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Irã bloqueia acesso a site comprado pelo Facebook na segunda

Governo iraniano tem polícia especializada para combater "crimes da internet" no país

SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ

Usuários do Instagram no Irã relatam não conseguir mais compartilhar fotos nem acessar arquivos desde que o Facebook, bloqueado no país, anunciou a compra do site de imagens, na segunda-feira passada.

O Instagram é um serviço que permite aplicar filtros digitais em fotos e compartilhá-las em redes sociais. Lançado em 2010, tem mais de 30 milhões de usuários.

A dificuldade relatada pelos internautas iranianos parece sinalizar que as autoridades de Teerã já passaram a considerar o Instagram uma extensão do Facebook e, por isso, decidiram bloqueá-lo.

O governo do Irã tem uma polícia especializada no combate ao que chama de "crimes da internet".

São considerados ilegais sites pornográficos e de dissidência política, além de redes sociais e veículos de imprensa ocidental, como CNN e os grandes jornais brasileiros, a Folha inclusive.

O regime alega que os inimigos ocidentais usam a internet para fomentar a dissidência iraniana e minar as fundações morais e sociais da República Islâmica.

Apesar das restrições, a maior parte dos internautas no Irã usa programas para furar as barreiras do governo. Os software antifiltros permitem acessar quase todos os sites, mas tornam a navegação mais lenta.

Com uma população jovem e educada, o Irã é um dos países com maior número de internautas no Oriente Médio -ao menos 32 milhões de usuários frequentes numa população de 75 milhões.

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