Drogas e Cuba dominam cúpula regional

A agenda do encontro presidencial da Cúpula das Américas, que começa hoje na cidade colombiana de Cartagena, está sendo invadida por assuntos que incomodam o anfitrião, o presidente Juan Manuel Santos.

Em entrevistas nos últimos dias, o mandatário colombiano reforçou que o tema principal do encontro, que vai reunir 33 presidentes, deve ser a integração das Américas. E se mostrou contrariado com a quantidade de perguntas sobre a ausência de Cuba, a legalização das drogas e a reivindicação argentina pelas ilhas Malvinas.

A crise por causa de Cuba começou quando o equatoriano Rafael Correa desistiu de vir ao encontro porque a ilha não havia sido convidada, por pressão dos EUA. Agora, o próprio Santos admite que esta deve ser a última cúpula sem os cubanos.

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, afirmou que deve ser formulado um pedido dos países participantes aos EUA para que termine o embargo econômico à ilha.

O tema das drogas chega pelas mãos dos países centro-americanos, liderados pela Guatemala. O presidente Otto Pérez Molina deve propor uma compensação monetária por parte dos países consumidores e o fim das penas, além da criação de um marco jurídico para regulamentar a produção, o trânsito e o consumo de narcóticos.

Dilma Rousseff chega nesta noite e, além da cúpula, terá uma reunião bilateral com Santos na tarde de domingo.