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Economista de esquerda é o rosto da expropriação

DE BUENOS AIRES

Sem gravata, de dedo em riste ou golpeando a mesa ao atacar oposicionistas, a quem chama de "fundamentalistas de livre mercado" e "loucos", o economista Axel Kicillof apresenta-se como o rosto do governo na expropriação da YPF.

"É o filho que Cristina queria ter: jovem, ambicioso, inteligente, lindo, esquerdista e autoritário", diz à Folha Laura Di Marco, jornalista e autora de livro sobre o grupo jovem La Cámpora, que Kicillof integra.

Aos 40 anos, o vice-ministro da Economia é um dos poucos membros do governo com acesso direto a Cristina em sua residência de Olivos. "É o primeiro a quem escuta sobre economia desde a morte de Néstor [Kirchner, em 2010]", diz a autora.

Nomeado interventor da YPF, Kicillof já foi subgerente da Aerolíneas Argentinas e diretor da siderúrgica Siderar. É um líder formado na crise política e econômica argentina de 2001, quando o país desvalorizou o peso e congelou contas, levando à quebra de empresas.

Desde que se aproximou do kirchnerismo, em 2006, Kicillof tornou-se o principal defensor de maior intervenção estatal na economia.

De costeletas longas e sempre vestido informalmente, o economista é presença frequente nos programas de TV governistas. A revista "Vanity Fair" publicou um perfil em que o chama de "atraente, superpai e aplicado".

(SC)

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