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Candidatos veem razões diferentes para protesto

DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Os dois políticos que disputarão o segundo turno da eleição presidencial francesa leram de maneira diferente o voto de ontem, embora tenham coincidido em defini-lo como "o voto da crise" (Nicolas Sarkozy) ou da "cólera" (François Hollande).

Para o socialista Hollande, a "cólera" dos franceses se deve ao desemprego, à precariedade no trabalho e de modo geral na vida, à queda do poder de compra, à desigualdade e à insegurança.

Em resumo, se deve aos maus resultados do quinquênio de seu adversário, que foi, por isso, "punido e desautorizado".

Já Sarkozy preferiu atribuir o "protesto" aos temores dos franceses com "o novo mundo que se coloca diante deles".

Um mundo que invade as fronteiras francesas, que causa insegurança. Em resumo: o problema são os imigrantes, associados no discurso da direita (e da extrema direita) ao crime.

É claramente uma maneira de falar aos eleitores de Marine Le Pen, que representaram pouco menos de 20% dos votantes ontem e serão fundamentais no segundo turno.

A partir dessa diferente leitura, deduz-se a tática para o próximo confronto: Hollande insistirá no crescimento, ao passo que Sarkozy desafiou o adversário a participar de três debates, a partir da acusação de ter sido omisso no primeiro turno.

(CR)

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