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Islandês é condenado por negligência durante crise

Ex-premiê é considerado culpado por corte em razão de quebra do país em 2008

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma corte especial na Islândia declarou ontem o ex-premiê Geir Haarde culpado de uma das quatro acusações que ele enfrentava de negligência no tratamento da crise financeira que atingiu o país em 2008, mas decidiu não puni-lo. Haarde é o único caso no mundo de um chefe de governo a ser processado por conta da crise.

A corte considerou o ex-premiê culpado de não ter realizado reuniões emergenciais com seu gabinete às vésperas de a crise estourar. Decidiu ainda que o Estado deve arcar com as custas da defesa de Haarde.

O ex-premiê foi absolvido das acusações de não ter diminuído o tamanho do setor bancário islandês, de não ter garantido que as contas do banco estatal Landsbanki's Icesave no Reino Unido fossem transferidas para uma subsidiária e de não ter apresentado melhores resultados no relatório governamental de 2006 sobre estabilidade financeira.

Haarde poderia ter sido condenado a até dois anos de prisão.

"Na minha opinião, a maioria dos juízes sucumbiu à pressão política no caso e decidiu oferecer esse pequeno prêmio de consolação para justificar esse processo baixo e custoso", disse Haarde ao término do julgamento.

"A acusação da qual fui considerado culpado não tem nada a ver com as origens da crise ou com a maneira com a qual lidei com ela".

O setor bancário islandês se expandiu para nove vezes o tamanho do PIB anual do país numa década de boom até entrar em colapso sob o peso das dívidas, em outubro de 2008. Em apenas uma semana, três dos maiores bancos islandeses quebraram.

Ao prestar depoimento em 5 de março, Haarde disse que nem ele nem os órgãos reguladores sabiam da extensão dos problemas financeiros dos bancos.

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