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Egito autoriza 13 candidatos na corrida presidencial

Lista foi divulgada ontem e inclui último premiê de ditador deposto

Disputa está polarizada entre concorrentes seculares e islamitas; pleito está marcado para o fim de maio

DE JERUSALÉM

A comissão eleitoral do Egito divulgou ontem a lista final dos candidatos à Presidência no pleito marcado para o fim de maio.

Na última hora, mais uma reviravolta: Ahmed Shafiq, o último premiê do governo do ex-ditador Hosni Mubarak, foi relacionado entre os 13 candidatos, dois dias depois de ter sido excluído.

A comissão eleitoral aceitou recurso de Shafiq, que fora eliminado da disputa por uma lei aprovada no Parlamento e ratificada pela junta militar, que torna inelegíveis por dez anos altos funcionários do governo Mubarak.

Apesar da vitória jurídica, Shafiq tem poucas chances na corrida eleitoral, segundo pesquisas. Elas indicam que a disputa ficará entre dois candidatos islamitas e um secular, o ex-chanceler de Mubarak Amr Moussa.

Com mais da metade do eleitorado ainda indeciso, o resultado da primeira eleição presidencial após a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011, mantém-se imprevisível, apontam analistas.

Na reta final, a questão passa a ser se o primeiro presidente pós-Mubarak será islamita ou secular. Moussa lidera pesquisas -tem cerca de 1/3 das intenções de voto.

Em segundo vem Abdel Moneim Aboul Fotouh, considerado um líder islâmico moderado. O terceiro nome com chances é o candidato da Irmandade Muçulmana, o grupo político mais forte do Egito, Mohamad Mursi.

O partido da Irmandade Muçulmana, Liberdade e Justiça, levou um baque há duas semanas, quando seu candidato original foi eliminado por uma condenação dos tempos de Mubarak. Os grupos liberais, que protagonizaram a revolta contra o ex-ditador, não têm candidatos com chances de chegar à Presidência.

(MARCELO NINIO)

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