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Itamaraty pede explicações aos EUA sobre acusação de prostituta Garota afirma ter sido agredida por funcionários de embaixada JÚLIA BORBADE BRASÍLIA O Ministério das Relações Exteriores pediu ontem que a Embaixada dos EUA preste esclarecimentos sobre o caso de agressão que envolve uma prostituta brasileira e quatro funcionários americanos. Os envolvidos foram afastados de suas funções e deixaram o Brasil. O episódio ocorreu em dezembro do ano passado, em uma boate de Brasília, segundo uma delas, Romilda Aparecida Ferreira. Ela alega ter sido agredida e atropelada pelo carro dos americanos. A polícia fez uma investigação e indiciou duas pessoas, uma por lesão corporal e outra por omissão de socorro. O caso agora está no Ministério Público. De acordo com o Itamaraty, o procedimento de pedir esclarecimentos é padrão, considerado a primeira providência após uma notificação oficial. Embora as autoridades policiais e judiciais brasileiras não tenham enviado qualquer ofício ao órgão, os advogados de defesa da vítima levaram uma carta até o ministério, ontem, prestando informações sobre o caso. INDENIZAÇÃO Os advogados da prostituta também disseram que vão entrar com uma ação indenizatória contra a embaixada e os quatro americanos envolvidos no caso. Eles pretendem ajuizar a ação na quarta-feira da semana que vem. Com a medida, além de buscar punição para os supostos agressores, eles querem que a cliente seja indenizada por danos morais, materiais e estéticos. O valor a ser pago dependerá da decisão da Justiça. A defesa também estuda entrar com o pedido de indenização nos tribunais americanos, para agilizar o eventual pagamento de valores a Romilda. Na versão dos advogados, no início do ano eles tentaram um acordo de R$ 150 mil com a representação americana para que o caso não se tornasse público. A embaixada americana nega que tenha recebido qualquer oferta ou cogitado pagar para que ela se calasse sobre o episódio. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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