Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
De olho nos bancos, agência reduz nota da dívida espanhola Standard & Poor's diz que 'trajetória fiscal do país se deteriorará' diante de quadro de 'contração econômica' Notícia deve aumentar a desconfiança do mercado em relação à Espanha, que enfrenta período de recessão DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASA agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida soberana da Espanha. A S&P apresentou o crescimento da dívida do governo, que pode ter de utilizar recursos na tentativa de salvar os bancos, como a principal razão para derrubar o rating espanhol em dois níveis, para BBB+. "Acreditamos que a trajetória fiscal da Espanha provavelmente se deteriorará diante de um contexto de contração econômica, contrariando nossas projeções anteriores", anotou a S&P. A notícia, divulgada depois do fechamento dos pregões das Bolsas europeias, deve aumentar a desconfiança dos mercados em relação à Espanha -que vem cortando gastos para reduzir o seu deficit. As medidas de austeridade irritam a população espanhola, o que se traduz na queda ao apoio ao governo do primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy. O contexto de "contração econômica" citado pela S&P é uma referência ao fato de o país estar em recessão. No começo da semana, o governo divulgou que o PIB havia recuado 0,4% no primeiro trimestre de 2012. Como foi registrada retração também no último trimestre de 2011, ficou caracterizada a recessão -queda na produção por dois trimestres consecutivos. A S&P acredita que, em 2012, a economia espanhola -cuja taxa de desemprego supera 20%- apresentará queda de 1,5%. Para 2013, a perspectiva também é negativa: retração de 0,5% no PIB. CRESCIMENTO Mais cedo, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, haviam exortado a União Europeia a adotar medidas de estímulo ao crescimento. Rompuy estuda a convocação de um encontro extraordinário ente os líderes europeus para discutir o tema. "A consolidação fiscal não é um objetivo em si mesmo, é pré-requisito para o crescimento sustentável. Os efeitos de reformas estruturais não são imediatos, mas farão a diferença no futuro e criarão empregos com o tempo", disse Rompuy. Até agora, o foco do continente é a austeridade. A Holanda reforçou essa linha, anunciando que o governo provisório do país chegou a um acordo para reduzir o defict público, o que deve atingir os aposentados. No início da semana, o impasse sobre o tema provocou o pedido de demissão do primeiro-ministro Mark Rutte. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |