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Premiê indica que Israel pode antecipar eleições

Divergência em torno de lei sobre serviço militar explica ansiedade de Netanyahu

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

Israel deve ir às urnas em breve, antecipando em mais de um ano a eleição para a escolha de um novo governo. É o que indicou o premiê Binyamin Netanyahu, que quer o pleito já em agosto.

Divergências na coalizão de governo em torno de uma lei que cancelaria a isenção do serviço militar para judeus ultraortoxos e para árabes alimentam há dias rumores sobre eleições antecipadas.

Em fevereiro, o Supremo do país invalidou a chamada Lei Tal, iniciando uma queda de braço entre os membros da coalizão de Netanyahu.

Partidos religiosos querem que ela seja reinstaurada, mantendo a isenção para milhares de seminaristas. Mas o ultranacionalista ministro das Relações Exteriores, Avigdor Liberman, exige alistamento para todos -ultraortodoxos (10% da população) e árabes (20%) fariam serviço comunitário no lugar do militar.

Com a popularidade em alta e sem uma oposição que meta medo, Netanyahu sente que pode garantir um novo mandato e ainda aumentar a fatia do direitista Likud no Parlamento, dizem analistas.

Impotente desde que perdeu o poder para Netanyahu, em 2009, a oposição de centro-esquerda deu boas-vindas à ideia. Mas num reconhecimento de suas chances limitadas, seus principais líderes admitiram integrar um futuro governo Netanyahu.

A corrida eleitoral é acelerada por uma contagem regressiva em Israel para o que é esperado no meio do ano.

Além da expiração da Lei Tal, protestos sociais devem voltar às ruas e fala-se num momento de decisão sobre o programa nuclear do Irã, que o atual governo considera uma "ameaça existencial".

Netanyahu é alvo de críticas de ex-chefes da inteligência por promover planos de ataque para desviar a atenção de problemas internos.

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