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Novo livro sobre Obama fala de suas ex-namoradas

Principal é australiana filha de um diplomata

DE WASHINGTON

Ela ainda lembra do cheiro dele. Do quarto, do sexo. Da mania de fazer palavras-cruzadas nas noites de domingo só de sarongue, da obstinação, do gosto pela corrida, das pequenas brigas nos três meses em que viveram juntos em Nova York.

Mas ela lembra, sobretudo, da distância que ele frequentemente punha entre os dois e da falta de envolvimento, apesar das palavras de amor.

Anônima até anteontem, Genevieve Cook, uma australiana filha de um diplomata, hoje na casa dos 50, foi apresentada ao mundo como a namorada de Barack Obama quando ele viveu em Nova York no início dos anos 80. Ou, ao menos, a mais importante das ex-namoradas.

Genevieve é a personagem central de um trecho do livro "Barack Obama: The Story", publicado no site da "Vanity Fair" e na edição de junho da revista, que circulará neste mês (há ainda o namoro com a americana Alex McNear).

A biografia, escrita pelo repórter do "Washington Post" David Maraniss, será lançada nos EUA no mês que vem.

Genevieve aparece de relance no livro de memórias do presidente, "A Origem dos Meus Sonhos", mas sem nome. Obama fala apenas de "uma mulher branca a quem amou em Nova York".

A Maraniss, porém, ele admitiu, que embora a amada fosse mesmo Genevieve, a personagem que cita é uma compilação das "ex".

Confessou também que um episódio famoso relatado, uma briga por conta da diferença racial após levar a moça branca para ver uma peça cômica de elenco e dramaturgo negros, ocorreu com outra.

Fotos de Genevieve -uma moça esguia, de cabelos castanhos médios e traços pouco delicados- ainda não foram liberadas pela editora.

A surpresa está reservada para a publicação do livro. Foi liberada apenas uma foto para a versão impressa da revista, ainda longe das bancas, mas não para o site.

O livro e o trecho de sete páginas na "Vanity Fair" incluem partes do diário de Genevieve em que ela descreve um sujeito repleto de dúvidas e à caça de sua identidade racial; reclama da frieza de Obama e narra altos e baixos da relação, entre dezembro de 1983 e maio de 1985.

Logo depois ele iria para Chicago e conheceria Michelle, a primeira-dama.

(LC)

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