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Índios e sindicato radical levam tensão à área

DA ENVIADA A CHUBUT

Eles andam com armas à mostra e, quando querem expressar desacordo, promovem bloqueios de estradas e paralisam transportes de mercadorias.

Em Comodoro Rivadavia, já ganharam o temor da população. "A questão deles é trabalhista, sei que não nos ameaçam, mas é um fator de distúrbio vê-los andando por aí, impunemente", diz a vendedora Maria Luz, 62.

Os "dragones" são o principal problema social da região. São uma facção da Uocra, o sindicato dos trabalhadores da construção, vinculado às obras petroleiras.

Têm esse nome porque se originaram no Cerro Dragon, uma jazida nos arredores de Comodoro Rivadavia.

No mês passado, os "dragones" entraram em conflito com outros grupos sindicais e houve tiroteio, deixando um dirigente gravemente ferido.

"Não há trabalho para todos na região, então as disputas são grandes, às vezes, a violência sai do controle", diz o engenheiro Rodolfo "Chiru" Lopez.

Os conflitos entre trabalhadores de Chubut refletem uma divisão política nacional. Enquanto os membros da Uocra são kirchneristas, os "dragones" estão mais associados ao grupo do ex-governador Mario das Neves.

MAPUCHES

Outro fator de distúrbios sociais são as manifestações dos índios mapuches, que se posicionam contra a atividade petroleira.

A líder local da tribo, Moira Millan, diz que a exploração já causou muitos danos ao ambiente e à população e que não tem esperanças de que a nacionalização da YPF melhore a situação de sua comunidade. "Estamos contaminados por anos e anos de exploração irresponsável", diz. (SC)

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