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Depois de silêncio, mídia chinesa ataca ativista cego

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Depois de fracassar em impor silêncio sobre o ativista cego Chen Guangcheng na imprensa e nas mídias sociais, o governo chinês passou a apostar na desqualificação dele.

Mas a prática mostrou que não é fácil falar mal de um advogado cego autodidata que escapou de sete anos de prisão e de maus-tratos por defender mulheres forçadas a abortos e esterilizações.

Anteontem, quatro jornais da capital, todos controlados pelo Partido Comunista, publicaram duros editoriais criticando tanto a atuação americana quanto Chen, descrito pela publicação "Notícias de Pequim" como um "peão" para "o seu patrão dos fundos, os interesses de forças hostis do Ocidente".

Segundo levantamento do China Media Project, da Universidade de Hong Kong, que monitora os meios chineses, a imensa maioria dos internautas reagiu contra o tom dos editoriais. Em resposta, a censura apagou alguns comentários e proibiu a publicação de novos.

AVIÃO

Chen continuou ontem isolado no hospital Chaoyang, onde está desde quarta-feira, acompanhado de familiares e sob vigilância permanente de policiais.

Anteontem, o governo chinês disse que ele pode sair da China para estudar, abrindo um caminho para a solução do impasse, que mobilizou a diplomacia norte-americana nos últimos dias.

Ele havia pedido para deixar o país no avião de Hillary Clinton, secretária de Estado dos Estados Unidos. Ela partiu da China sem ele, porém.

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