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França ameaça renegar pacto de austeridade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O novo ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, afirmou que o país não vai ratificar o pacto europeu de estabilidade caso o tratado, assinado em março, não inclua medidas para acelerar o crescimento no bloco.

Durante a campanha eleitoral, o presidente François Hollande afirmou que pretendia incluir referências ao crescimento no documento, algo que a Alemanha já afirmou ser contrária.

O pacto prevê a possibilidade de multa para os países que não respeitarem os tetos do bloco para a dívida e para o deficit públicos.

"Precisamos levar a construção da Europa para uma nova direção, sem se livrar da responsabilidade orçamentária. Para nós, responsabilidade orçamentária e crescimento econômico não são excludentes", disse Moscovici.

O pacto foi uma tentativa de acalmar os mercados sobre a situação da dívida na zona do euro -cenário que ficou mais tenso nos últimos dias, especialmente com a indefinição eleitoral na Grécia.

Ontem, a agência de avaliação de risco Fitch rebaixou ainda mais a nota da dívida grega e disse que a decisão reflete o "risco crescente" de o país deixar a zona do euro.

Para ela, a saída será "provável" se o governo que for formado após a eleição de 17 de junho não continuar com as medidas de austeridade.

A agência disse ainda que, se for "provável" o risco de a Grécia sair do euro, vai colocar em perspectiva negativa as notas dos demais países que dividem a moeda, ou seja, poderá rebaixá-las dentro de um período de seis meses.

Já o FMI (Fundo Monetário Internacional), um dos financiadores do pacote grego de € 130 bilhões, afirmou que só vai retomar os contatos com Atenas para revisar a ajuda após as novas eleições.

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