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Juiz argentino retira promotor de caso contra vice-presidente

Saída, decorrente da unificação de ações, é vista como manobra

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

A Justiça argentina decidiu unificar duas causas em andamento contra o vice-presidente argentino, Amado Boudou, afastando assim o promotor que reunia provas contra o número 2 de Cristina.

Boudou vinha sendo acusado desde março de tráfico de influência. A acusação é que, devido à sua ação, a gráfica Ciccone, pertencente a um amigo seu, obteve contratos com o governo. A empresa passou a imprimir folhetos de campanha de Cristina e notas de 100 pesos.

Nesta semana, surgiu um pedido de investigação por enriquecimento ilícito contra ele, de quando era ministro da Economia na primeira gestão de Cristina Kirchner.

O vice possui um Audi A4, um Honda Civic CRX, um apartamento luxuoso no bairro nobre de Puerto Madero, uma propriedade em Pinamar, no litoral, além de duas motos, uma BMW Adventure e uma Harley Davidson.

Seu patrimônio declarado aumentou 64% de 2009 para 2010.

Com a alteração, o promotor Carlos Rívolo, que havia pedido a busca no apartamento de Boudou em abril, ficou fora do caso.

O juiz federal Ariel Lijo colocou um aliado do kirchnerismo, Jorge Di Lello, à frente das duas investigações contra o vice.

Rívolo é o segundo envolvido a ser afastado do caso. No mês passado, a Justiça afastou o juiz Daniel Rafecas do processo, atendendo pedido da defesa que o acusou de parcialidade.

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