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Grécia vive guerra de versões sobre saída do euro

Chanceler alemã teria sugerido referendo sobre tema, contrariando gregos; Berlim nega

DE LONDRES

A permanência da Grécia na zona do euro e a convocação de um referendo sobre esse assunto no país foram ontem tema de controvérsias entre as autoridades europeias.

No início do dia, o comissário de comércio da União Europeia, Karel de Gucht, declarou em entrevista a um jornal belga que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) já trabalham em um plano de contingência para o caso de a Grécia sair da zona do euro.

As informações, contudo, foram rápida e veementemente negadas pelo porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, que disse que a UE ainda deseja contar com a Grécia na zona monetária.

Em seguida, novo desentendimento. O porta-voz do premiê interino da Grécia, Panayiotis Prikammenos, afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, havia sugerido em conversa telefônica com o presidente do país que o governo promovesse um referendo sobre a continuidade do euro na Grécia junto com as próximas eleições legislativas, em junho.

Um porta-voz do governo alemão rapidamente foi a público para dizer que tais informações não eram corretas.

Em novembro do ano passado, o então premiê da Grécia, George Papandreou, do partido socialista, foi obrigado a deixar o cargo depois de sugerir uma consulta pública sobre o pacote de resgate que negociava com a Europa.

Acertado no início deste ano pela gestão do interino Lucas Papademos, o plano exige do país severas medidas de austeridade, como redução do salário mínimo.

Apesar da insatisfação com as medidas, uma pesquisa publicada pela revista "To Pontiki" mostrou que 88% dos gregos desejam permanecer na zona do euro. (RR)

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