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Vazamento de papéis derruba presidente do Banco do Vaticano

DA ASSOCIATED PRESS

O presidente do Banco do Vaticano foi afastado ontem depois de receber um voto unânime de desconfiança por parte de supervisores da instituição, por ter vazado documentos confidenciais e por não ter cumprido o compromisso de dar mais transparência às suas finanças.

Não foram divulgados mais detalhes do afastamento.

Ettore Gotti Tedeschi tem sido uma figura polarizadora no Vaticano desde que foi nomeado presidente do banco, conhecido como Instituto para as Obras Religiosas (IOR), em 2009. Ele está sendo investigado por juízes italianos sob suspeita de lavagem de dinheiro, mas sua demissão não parece estar relacionada a esse caso.

Em nota, a Santa Sé afirmou que o voto de desconfiança deveu-se ao fracasso de Tedeschi em realizar "as funções primárias de sua posição". Ele mesmo havia dito a investigadores que só ia trabalhar duas vezes por semana, dedicando-se mais à sua posição como chefe da unidade italiana do banco espanhol Santander.

Segundo uma fonte próxima ao caso, foi iniciada uma investigação criminal sobre o vazamento dos documentos confidenciais. O Vaticano apontou uma comissão de cardeais para acompanhar.

Os cardeais que compõem a direção do IOR ainda vão analisar o caso, mas o Vaticano sinalizou que já busca um substituto para Tedeschi.

A Santa Sé disse que pretende encontrar um novo presidente que irá "reconstruir as relações entre o instituto e a comunidade financeira com base no respeito mútuo e em padrões bancários aceitos internacionalmente".

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