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Brasil não pretende expulsar diplomatas

NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA

O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) afirmou ontem que o Brasil não pretende expulsar diplomatas sírios, como outros países.

Patriota afirmou que o país "associa-se integralmente" à declaração dada pelo Conselho de Segurança da ONU no domingo à noite, repudiando os ataques.

O chanceler brasileiro manifestou também "preocupação com esses desenvolvimentos [massacres] que são obviamente inaceitáveis".

O ministro afirmou que pretende aguardar as declarações do enviado especial do conselho a Damasco, Kofi Annan, para saber quais serão as estratégias adotadas.

De acordo com o porta-voz da Chancelaria brasileira, Tovar Nunes, o "diálogo com a Síria tem que ser mantido".

"Se expulsarmos os diplomatas sírios do país, não vai ter mais diálogo", afirma.

CAUTELA

Antonio Barbosa, professor de história contemporânea da Universidade de Brasília, avalia que, "mais uma vez, há um excesso de cautela na política externa brasileira" -com a possibilidade de esvaziar a retórica, uma vez que as críticas não são acompanhadas de ações.

Para Luiz Felipe Lampreia, que foi chanceler durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a expulsão de diplomatas é um gesto simbólico, e não necessariamente o modelo a ser seguido.

"A ditadura [de Bashar Assad] não vai se preocupar com embaixadores", diz. "O fundamental é o repúdio."

Colaborou DIOGO BERCITO, de São Paulo

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