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Ditador sírio diz que massacre é 'abominável'

Bashar Assad afirma que a responsabilidade pelas 108 mortes em Houla é 'externa'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Bashar Assad, o ditador da Síria, afirmou ontem que o massacre em Houla, que deixou 108 mortos em maio, é um ato "abominável" do qual nem mesmo "monstros" são capazes. A crise, disse ainda, é fruto da pressão externa. O discurso, feito no Parlamento em uma aparição pública incomum, contrasta com a versão da ONU. Herve Ladsous, chefe da missão de paz, afirma que o Exército sírio e as milícias pró-Assad foram os responsáveis pela maior parte dessas mortes. Assad prometeu que a crise iniciada há 15 meses e com saldo estimado em 9.000 vítimas terminará em breve. A insurgência na Síria já se espalha pela região e desestabiliza o Líbano, em que protestos e conflitos têm se tornado mais frequentes. Anteontem, 15 morreram em Trípoli, o pior episódio no Líbano desde o início da revolta na nação vizinha. Hillary Clinton, secretária de Estado americana, pede que a Rússia endureça o discurso contra a Síria e insista na "transição política" -o que, na linguagem diplomática, significa a saída de Bashar Assad. A Rússia vetou duas vezes resoluções do Conselho de Segurança da ONU para ações contra o ditador sírio. Assad, cirurgião ocular antes de assumir o governo, comparou o momento político de seu país à sua profissão anterior. "Quando um cirurgião faz uma operação dizemos a ele 'suas mãos estão cobertas de sangue' ou lhe agradecemos por ter salvo o paciente?" Nove civis foram mortos ontem, na Síria, de acordo com informações de ativistas. Anteontem, 33 civis e 61 soldados haviam morrido. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


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