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Analista propõe a ideia de 'Ocidente ampliado' em livro

DO RIO

Ao recomendar que o governo americano busque uma composição com a Rússia sobre a questão síria, Zbigniew Brzezinski reflete uma das principais propostas do seu livro "Strategic Vision".

"A América deve ser promotora e garantidora de uma união maior e mais ampla no Ocidente e ter um papel de contrapeso e conciliação entre as principais potências do Oriente", prescreve ele.

O "Ocidente ampliado", no projeto de Brzezinski, atrairia a Rússia e a Turquia para o espaço político formado pelos EUA e pela União Europeia.

Assim, os dois países não entrariam em disputas por zonas de influência próprias.

A receita pretende evitar o cenário "caótico" que Brzezinski aponta como provável caso o declínio americano se torne inevitável: com a China despreparada para ser a nova potência dominante, emergiria um caldeirão de rivalidades, como o que levou às duas guerras mundiais do século 20.

Japão e Índia sairiam à cata de novas alianças contra a China. Rússia e Alemanha seriam tentadas a uma relação especial.

Para Brzezinski, o "Ocidente ampliado" ajudaria a conter a instabilidade na Eurásia, região entre o canal de Suez (Egito) e o extremo Oriente que será a "arena central" do mundo nas próximas décadas.

Contrário à invasão do Iraque e ao projeto de "construção de nação" no Afeganistão, o estrategista adverte contra intervenções militares na Eurásia -por isso a ideia de que os EUA ajam ali como "mediadores".

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