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Inflação na China recua e confirma desaceleração

Índice de 3% em maio, o menor em 17 meses, favorece políticas de estímulo

Com meta de incentivar a recuperação, Pequim promoveu na quinta primeiro corte na taxa de juros desde 2008

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Dados econômicos da China divulgados ontem confirmam que a economia do país está em desaceleração. O pé no freio e a inflação sob controle abrem caminho para mais medidas de estímulo por parte do governo, que na quinta passada fez o primeiro corte de juros desde 2008.

A produção industrial cresceu 9,6% no mês passado, apenas 0,3 ponto percentual acima do índice registrado em abril. Já as vendas no varejo subiram 13,8%, ritmo menor do que os 14,1% de abril.

Já o investimento em ativos fixos (construção civil, máquinas e equipamentos e infraestrutura), o principal motor da economia, teve um crescimento de 20,1% em maio, contra 20,2% em abril, apesar de o governo ter acelerado nos últimos meses a aprovação de novos projetos.

O lado mais positivo vem do recuo da inflação acumulada nos últimos 12 meses para 3% em maio, o menor índice em 17 meses. O número, segundo analistas, reflete tanto o esforço do governo ao longo de 2011 como o enfraquecimento da economia.

Com a pressão inflacionária finalmente sob controle, há espaço para mais ações de estímulo. Além do recente corte de juros em 0,25 ponto percentual, a China estuda medidas para aumentar vendas de carros e eletrodomésticos e já vem reduzindo o depósito compulsório bancário.

Segundo avaliação do FMI divulgada anteontem, a China enfrenta "riscos significativos", mas o governo é visto com recursos suficientes para administrar a economia.

"Há espaço para uma efetiva resposta, se necessário", disse David Lipton, diretor do FMI, após encontro com membros do governo chinês.

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