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Novo ataque de Assad a Homs deixa 35 mortos

Intervenção militar na Síria não está descartada, diz chanceler britânico

Novo líder do Conselho Nacional Sírio pede ação estrangeira, mesmo sem o aval das Nações Unidas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos 35 pessoas foram mortas em um novo ataque do Exército sírio à província de Homs, controlada por forças rebeldes e epicentro da revolta contra o ditador Bashar Assad. Segundo ativistas, o ataque se concentrou na cidade de Qusair, próxima à fronteira com o Líbano, onde ao menos seis pessoas morreram.

"Os morteiros caíram aos montes na cidade. Mulheres e crianças estão com medo de sair dos porões dos edifícios, onde tentam se proteger", disse um ativista local.

Também a cidade de Talbiseh, ao norte da cidade de Homs, foi alvo de assalto.

Segundo os ativistas, no sábado outras 29 pessoas foram mortas na província.

Também no final de semana o governo sírio enviou reforços, como helicópteros armados, para a região de Haffa, cidade próxima a Latakia (na costa norte), onde existe uma base rebelde. O embate no local começou na terça e já deixou 58 soldados mortos e mais de 200 feridos, segundo grupos de oposição.

A Sana, agência de notícias estatal síria, disse que grupos terroristas atacaram instituições públicas e privadas em Haffa durante o sábado, cometendo crimes bárbaros contra a população civil. A agência acrescentou que as tropas sírias mataram e prenderam parte dos terroristas, mas ainda busca reestabelecer a segurança da região.

O novo líder do Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne grupos de oposição ao regime de Assad, Abdulbaset Sieda, disse que as nações deveriam parar a "máquina da morte" que atua no país, mesmo sem o aval das Nações Unidas.

Já o chanceler britânico, William Hague, voltou a afirmar que uma intervenção militar no país não deve ser descartada, já que o plano de cessar-fogo da ONU ainda não trouxe resultados. Para ele, a Síria está à beira de um colapso ou de uma guerra sectária, como a que aconteceu na Bósnia na década de 1990.

Também o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, se pronunciou, acusando o Irã e o Hizbollah de ajudar o governo de Assad: "O massacre não está sendo feito apenas pelo governo sírio, mas com a ajuda do Irã e do Hizbollah. O mundo deve perceber que aí existe um eixo do mal".

Em maio, o chefe da ONU, Ban Ki-moon disse que ao menos 10 mil morreram desde o início do conflito. Já o Observatório Sírio de Direitos Humanos estima 14.115 mortes. Outra organização de oposição, a Mártires da Revolução Síria, conta 16.254 mortes, 2.769 pós-cessar-fogo.

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