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Malvinas votarão sobre status político

Governo local fala em 'dissipar dúvidas' de que prefere integrar Reino Unido; Argentina recorre às Nações Unidas

Será a primeira vez que haverá uma consulta do tipo; fim da guerra que matou 907 pessoas faz 30 anos amanhã

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

Os habitantes das ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos) farão um referendo sobre seu status político.

A decisão foi anunciada ontem pela Assembleia Legislativa do arquipélago.

"A ideia é dar uma mensagem contundente e definitiva para o mundo democrático e para a Argentina, especialmente. Queremos que não existam mais dúvidas de que desejamos continuar fazendo parte do Reino Unido", afirmou Barry Elsby, que integra o governo local, à Folha, por telefone.

O Reino Unido disse que apoia a consulta, que deve ocorrer nos primeiros meses do próximo ano.

O anúncio coincide com a viagem que a presidente argentina Cristina Kirchner faz a Nova York, nesta semana, para participar de uma sessão do Comitê de Descolonização das Nações Unidas.

Neste ano, o governo voltou a reivindicar a soberania das ilhas, a 500 km da Patagônia, e pede que o Reino Unido sente-se para dialogar, acatando uma determinação do órgão. Os britânicos recusam-se a negociar.

Amanhã realizam-se celebrações pelos 30 anos do fim da Guerra das Malvinas, que terminou com 649 soldados argentinos e 255 britânicos mortos, além de três "kelpers" (habitantes das ilhas).

É a primeira vez que haverá um referendo nas ilhas, que possuem governo autônomo, eleito pelos 3.000 habitantes. Nos anos 80, foram realizadas pesquisas que apontavam 90% de aprovação ao fato de as ilhas serem parte do Reino Unido.

"Não temos dúvida de qual será o resultado agora. Estamos muito decepcionados com o fato de a Argentina questionar nosso direito a existir", afirma Elsby.

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