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EUA recuam de acusação sobre venda de armas da Rússia à Síria

Helicópteros mencionados por Hillary não eram novas aquisições

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Departamento de Estado dos EUA retificou ontem acusação feita na véspera pela secretária Hillary Clinton de que a Rússia fornece helicópteros à Síria, para serem usados contra civis, no sufocamento da revolta contra o regime do ditador Bashar Assad, que já dura 15 meses.

O departamento reconheceu que não se tratava de novas aquisições, mas sim de três helicópteros que retornavam à Síria após serem restaurados na Rússia -o fornecedor das aeronaves.

O reconhecimento, porém, foi ambíguo. "Do nosso ponto de vista, a secretária de Estado não indicou que [as aeronaves] eram novas, apenas assinalou que estava preocupada com o fornecimento de helicópteros da Rússia à Síria", disse a porta-voz do departamento, Victoria Nuland.

"Novos ou restaurados, a preocupação é a mesma: que serão usados com o mesmo fim que já se está dando aos helicópteros na Síria -matar civis", disse Nuland.

A eventual comprovação do uso de ataques aéreos contra civis pelo regime sírio pode enfraquecer a posição russa no Conselho de Segurança da ONU. Moscou veta reiteradamente a intervenção no país de Assad. EUA e outras potências ocidentais querem "ações mais incisivas", como o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea.

O embaixador da Síria em Moscou, Riad Haddad, negou ontem que seu país compre da Rússia helicópteros para uso contra civis. E repetiu a explicação russa de estar cumprindo contratos preexistentes para o fornecimento de sistemas de defesa aérea contra ataques externos.

Um ataque suicida com carro-bomba realizado ontem em Damasco perto de um ponto de peregrinação xiita feriu ao menos 14 pessoas. Os insurgentes acusaram o regime de ataques em diversos pontos do país, que teriam deixado ao menos 60 mortos.

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