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Confronto com sem-terra deixa 16 mortos no Paraguai Conflito ocorre em região na fronteira com o Brasil onde vivem brasiguaios Cem camponeses haviam invadido fazenda de empresário; ministro e chefe de polícia são demitidos
Confrontos durante a retirada de camponeses sem terra de uma fazenda pela polícia deixaram 16 mortos em Curuguaty, 250 km a noroeste de Assunção, no Paraguai. Dentre os mortos estão sete policiais e nove camponeses. O conflito deixou ainda 80 feridos e provocou a queda do ministro do Interior, Carlos Filizzola, e do chefe da polícia, Paulino Rojas. A polícia diz ter tomado controle da situação. O terreno, uma fazenda de propriedade do empresário e político paraguaio Blas Riquelme, está em uma região ocupada em grande parte pelos chamados "brasiguaios", agricultores que vivem na fronteira com o Brasil. Pelas primeiras informações, no entanto, não há "brasiguaios" mortos. Autoridades paraguaias negaram vínculos de guerrilheiros do Exército do Povo Paraguaio (EPP) no episódio. O presidente Fernando Lugo se reuniria emergencialmente com o conselho de ministros em Assunção para analisar o conflito ontem. O Senado analisava em sessão extraordinária se declararia a zona em estado de exceção. Lugo manifestou apoio às forças de segurança e ofereceu os pêsames às famílias dos policiais mortos. Em comunicado, ordenou que as Forças Armadas apoiassem a operação policial. "Todas as áreas do governo estão trabalhando nas linhas de ação para devolver a calma e a tranquilidade a Curuguaty", disse Lugo. O confronto ocorreu entre cerca de 150 camponeses e 300 policiais. Segundo o governo, os disparos foram iniciados pelos sem terra, que estariam armados com fuzis M-16, escopetas e revólveres. "Houve disparos deles; a polícia teve de responder", disse Filizzola. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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