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Eleição legislativa dá vitória a Hollande

Partido Socialista e aliados obtêm 313 das 577 cadeiras do Parlamento francês; mas ex do presidente é derrotada

Frente Nacional, de extrema direita, volta à assembleia após 15 anos, com vitória obtida pela neta de Le Pen

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Partido Socialista do presidente François Hollande obteve ontem a maioria absoluta na Assembleia Nacional, no segundo turno das eleições legislativas na França.

Com seus aliados da Frente de Esquerda, o Partido Socialista (PS) garantiu 313 das 577 cadeiras do Parlamento. A maioria absoluta é assegurada com 289 vagas.

A vitória contundente abre caminho para que Hollande aprove as políticas de estímulo ao crescimento que prometeu durante a campanha.

Como candidato, ele adotou discurso contrário às medidas de austeridade e cortes orçamentários defendidos pela Alemanha para equilibrar a economia da região.

"A larga e sólida maioria nos permitirá aprovar leis para a mudança e nos dá grandes responsabilidades na França e na Europa", disse o chanceler Laurent Fabius.

O ministro da Economia, Pierre Mascovici, também indicou que o resultado favorecerá o cumprimento das promessas de campanha, ao dizer que a França respeitará seus compromissos financeiros sem recorrer às políticas de austeridade.

Contudo, o PS também sofreu derrotas. Ségolène Royal, ex-mulher de Hollande, perdeu para o socialista dissidente Olivier Falorni.

Ao reconhecer a derrota, Royal falou em "traição política" e afirmou que Falorni foi eleito com os votos da direita. Ela não deixou claro se a acusação de "traição política" era endereçada à atual mulher de Hollande, Valèrie Trierweiler, que declarou apoio a Falorni, provocando uma crise palaciana.

Hollande apoiava Royal, e Trierweiler foi criticada por exceder seu papel de primeira-dama, ao interferir em questões de política interna.

EXTREMA DIREITA

Terceira colocada no primeiro turno das eleições presidenciais, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional, também saiu derrotada.

No entanto, a Frente Nacional, que estava ausente da Assembleia desde 1997, conseguiu duas cadeiras. Uma delas é de Marion Maréchal-Le Pen, 22, sobrinha de Marine e neta de Jean-Marie Le Pen, o fundador do partido.

O partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, o UMP (União por um Movimento Popular), conseguiu 207 cadeiras. A abstenção foi recorde -de 44%.

Depois da instauração da Quinta República da França, em 1958, o PS só havia conseguido a maioria absoluta na assembleia uma vez, em 1981, após a vitória presidencial de François Mitterrand.

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