Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Grupo promete intensificar as manifestações contra a Junta DO ENVIADO AO CAIROEnergizada com uma dose extra de confiança após declarar a vitória na eleição presidencial, a Irmandade Muçulmana vai partir para o confronto com os militares. Yehia Hamed, porta-voz do grupo, disse à Folha que os islamitas retomarão protestos na praça Tahrir contra o decreto que dá amplos poderes à Junta Militar e enfraquece os do presidente eleito. "É um golpe de Estado. As emendas constitucionais sequestram os poderes do presidente, como a decisão de declarar guerra", disse Hamed, sem tirar os olhos de anotações em um iPad. Para Hamed, a ampliação de poderes da Junta é flagrante violação da promessa feita pelos generais de transferir o poder ao presidente eleito. A suposta vitória eleitoral de Mohamed Mursi, que, se confirmada, colocará pela primeira vez um islamita na Presidência do Egito, dá à Irmandade Muçulmana, segundo afirma Hamed, a legitimidade para contestar as ações da Junta Militar. "O povo egípcio nos deu um mandato claro para governar o Egito e pretendemos fazê-lo com um sistema transparente de prestação de contas", disse Hamed. Questionado se não seria mais prudente esperar o resultado oficial da eleição antes de planejar os próximos passos, Hamed foi categórico. "Temos 100% de certeza de que ganhamos", afirmou. O voto de confiança pedido pelos militares é desprezado. "Vimos no último ano no que dá confiar neles. Continuaremos lutando, de forma pacífica, até que eles transfiram todos os poderes executivos e legislativos para os civis." (MN) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |