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Erro em captura vira um vexame para Calderón

Governo mexicano anuncia prisão de líder de cartel, mas depois é obrigado a recuar

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL À CIDADE DO MÉXICO

Apresentada como um êxito da colaboração entre México e EUA, a prisão de dois supostos narcotraficantes terminou como um vexame para o conservador Felipe Calderón (PAN), a menos de uma semana de eleição presidencial em que ele deve ver sua candidata derrotada.

Uma megaoperação dos fuzileiros navais mexicanos no departamento (Estado) de Jalisco levou à prisão de dois homens e à apreensão de armas de fogo e granadas.

As autoridades mexicanas apresentaram um deles como sendo Jesús Alfredo Guzmán Salazar, ou "Alfredillo", filho de Joaquín Guzmán Loera.

Conhecido como "Chapo Guzmán", Loera é hoje o traficante mais importante do México, líder do Cartel de Sinaloa. "Alfredillo" integra a cúpula do grupo.

A Agência Nacional Antidrogas dos EUA (DEA) congratulou o governo mexicano, uma vez que o criminoso é buscado também em território americano. Horas depois, porém, a mãe do preso apontado como "Alfredillo" o identificou como seu filho, Félix Beltrán León, 23.

A Procuradoria Geral mexicana admitiu que o preso não era "Alfredillo", mas que Beltrán León teria vínculo com o cartel de Sinaloa.

"A luta contra as drogas foi uma das principais bandeiras do governo de Calderón, a poucos dias da eleição, ele quis demonstrar que teve êxito", disse à Folha Ioan Grillo, jornalista britânico, autor do livro "El Narco".

MORTOS NO AEROPORTO

Ontem, uma perseguição a narcotraficantes no aeroporto internacional na Cidade do México resultou na morte de três policiais.

Os policiais, que faziam operação antidrogas, cercaram os suspeitos, que atiraram antes de fugir.

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