Espanha oficializa pedido de ajuda a bancos

O ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, oficializou ontem às autoridades europeias o pedido de auxílio financeiro ao país, cujo setor bancário é o principal motivo de preocupação.

Apesar disso, não houve a definição do valor a ser emprestado à Espanha, que pode chegar a € 100 bilhões, nem das condições e prazos do pacote de socorro, causando frustração nos mercados. As principais Bolsas da Europa fecharam em queda.

No fim do dia, a agência de classificação de riscos Moody's divulgou o rebaixamento da nota de 28 bancos espanhóis. A única instituição que tem avaliação superior à obtida pelo governo espanhol é o Santander, por sua diversidade geográfica.

Em carta às autoridades europeias, o governo espanhol disse que espera resolver todas as pendências do plano até o dia 9 de julho, quando haverá reunião do conselho de ministros das Finanças da zona do euro.

Na semana passada, duas consultorias internacionais entregaram à Espanha avaliações de que o setor bancário do país precisa de algo entre € 51 bilhões e € 62 bilhões para ser recapitalizado. A União Europeia estuda oferecer mais que o valor necessário como forma de tranquilizar os investidores.

O país faz questão de ressaltar que, diferentemente dos demais Estados que recorreram ao auxílio externo, usará o dinheiro só para resolver questões bancárias.

Um dos poucos pontos que está claro no empréstimo europeu à Espanha é que o dinheiro será repassado a um fundo de reestruturação bancária, que, por sua vez, encaminhará os recursos às instituições financeiras. Dessa forma, as autoridades têm a garantia de que o governo é responsável pela verba se os bancos não conseguirem pagar o empréstimo.

GRÉCIA

Vassilis Rapanos, ministro de Finanças da Grécia, renunciou ontem após ter sido hospitalizado na sexta-feira com dores abdominais e náusea.

Rapanos havia sido apontado para o cargo há menos de uma semana.