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Líderes europeus vão discutir maior integração bancária Reunião começa amanhã em Bruxelas; Alemanha é contra criação de eurobônus DE LONDRESAs autoridades europeias divulgaram ontem um plano para ampliar a integração da União Europeia e lidar com a crise de modo mais centralizado, o que inclui até a sugestão de criar um Ministério da Fazenda supranacional. Outras sugestões são a adoção de um mecanismo único de supervisão bancária para toda a União Europeia e o estabelecimento de limites definidos de forma comum para gastos e dívidas públicas nacionais, com necessidade de autorização prévia para emitir títulos além do combinado. O plano também menciona a criação dos "eurobônus", títulos de dívida garantidos em conjunto por todos os países da zona do euro. Essas propostas serão discutidas pelos líderes da União Europeia em Bruxelas, a partir de amanhã. Apesar disso, é improvável que alguma delas seja adotada já. O plano, divulgado por Herman van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, diz que um relatório deve ser apresentado antes do encontro do grupo em dezembro. Segundo o jornal britânico "Financial Times", o documento final é menos ambicioso do que minutas anteriores, que liberavam os mecanismos de resgate a países em crise para agir diretamente com bancos em dificuldades. As medidas são uma forma de combater a crise na Europa, que já obrigou cinco países -Chipre, Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha- a pedirem pacotes de socorro. Mesmo assim, diversas propostas são criticadas por governos nacionais. A Alemanha é contra a intervenção direta em bancos e contra a emissão de "eurobônus". O país da chanceler Angela Merkel acredita que a união fiscal e econômica, contemplada em outros pontos do documento, precisa estar mais avançada para que essa proposta seja considerada. Segundo a agência Reuters, Merkel afirmou ontem que os "eurobônus" não existirão enquanto ela viver. No fim do dia, em discurso ao Parlamento italiano, o premiê Mario Monti expressou sua frustração com a reunião. Ele disse que não irá a Bruxelas apenas para "selar documentos pré-escritos" e se declarou pronto para estender a reunião até domingo à noite, se necessário, para aprovar medidas que tranquilizem os mercados na próxima semana. O premiê italiano é favorável aos "eurobônus". (RODRIGO RUSSO) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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