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Cristina enfrenta greve e protestos de caminhoneiros

Categoria promove paralisação de 24 horas em ato contra impostos e reúne milhares de pessoas diante da Casa Rosada

Ação é vista como uma demonstração de força de Hugo Moyano, líder sindical e aliado que se voltou contra o governo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em greve por 24 horas, milhares de caminhoneiros se reuniram ontem em frente à Casa Rosada (sede do governo argentino, em Buenos Aires) para protestar contra o governo da presidente Cristina Kirchner e pedir cortes de impostos para a categoria.

O protesto foi uma espécie de demonstração de força de Hugo Moyano, secretário-geral da CGT, a maior central sindical da Argentina, e ex-aliado da presidente, em cujo governo perdeu espaço.

Moyano, que está concorrendo à reeleição no comando da CGT, controla o sindicato dos caminhoneiros, que tem cerca de 200 mil filiados no país e é temido por sua capacidade de provocar desabastecimento no caso de uma paralisação prolongada.

Na semana passada, os caminhoneiros já haviam sustado por dois dias o transporte de combustíveis. Em junho, outra greve de 24 horas do setor -também responsável pelo transporte de valores- provocou dificuldades para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos da Argentina.

Segundo os caminhoneiros, após reajustes salariais conforme a inflação -cujo número oficial é contestado por economistas-, trabalhadores que eram isentos do Imposto de Renda passaram a pagá-lo. O governo se recusa, porém, a rever as alíquotas.

"Esses impostos prejudicam milhões de argentinos que não são multimilionários", disse Pablo Moyano, filho de Hugo e líder dos caminhoneiros, durante o protesto em frente à Casa Rosada.

Em discurso na TV, anteontem, Cristina condenou as manifestações e afirmou que menos de 20% da força de trabalho do país está sujeita a pagar Imposto de Renda.

Os maus resultados da economia da Argentina vêm erodindo a popularidade de Cristina, que se reelegeu para a Presidência em outubro com 54% dos votos. Recentemente, seu governo restringiu a compra de dólares no país.

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