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Premiê da Itália insinua pedido de socorro à Europa

Mario Monti diz que seu país 'pode estar interessado' no mecanismo de estabilidade; FMI prevê recessão

Títulos da dívida italianos vêm sendo negociados com juros próximos dos 7%, taxa tida como insustentável

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Itália sinalizou, ontem, que pode acionar o Mecanismo Europeu de Estabilidade -um fundo colocado à disposição de países em dificuldades econômicas na zona do euro- para reduzir os custos de sua dívida.

O sinal foi dado pelo primeiro-ministro italiano, Mario Monti, após um encontro de ministros das Finanças realizado em Bruxelas.

"Seria perigoso dizer que a Itália nunca irá usar [esse mecanismo]", disse. "A Itália pode estar interessada."

No fim de junho, a zona do euro discutiu a flexibilização do mecanismo, tornando possível seu uso na compra de títulos das dívidas dos países europeus.

Para comprar os títulos da dívida italiana, o mercado tem exigido taxas de juros próximas de 7% -nível que, se mantido a longo prazo, pode quebrar o país.

A situação preocupa a Europa, já que economia da Itália é a terceira maior entre as 17 da zona do euro.

Ontem, o FMI (Fundo Monetário Internacional) publicou seu relatório anual sobre a economia italiana.

O Fundo elogiou os esforços do governo Monti para recuperar a economia do país. Entre eles, o corte extra de € 26 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões) nos gastos públicos para 2014, anunciado na semana passada.

Apesar disso, o FMI acha que é preciso ir além, flexibilizando ainda mais o mercado de trabalho.

O Fundo aponta que os terremotos na região industrial de Emilia-Romagna prejudicarão as exportações.

O relatório anota também que a Itália deve ter recessão por pelo menos mais um ano e que os italianos estão enfrentando os mesmos problemas que levaram outros países a pedir ajuda externa.

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