Exportação dos EUA cresce a menor taxa desde 2009

As exportações americanas cresceram 5,65% de janeiro a maio de 2012 em comparação com o mesmo período do ano anterior. É a pior taxa de crescimento das exportações dos EUA desde 2003, com exceção de 2009, ainda sob o impacto da grande crise financeira do ano anterior.

As autoridades americanas até comemoraram a redução de 3,8% do deficit da balança comercial, de US$ 50,6 bilhões em abril para US$ 48,7 bilhões em maio, principalmente pela queda no preço do barril do petróleo, uma de suas principais importações.

Em maio, o país exportou US$ 183,1 bilhões, mas importou US$ 231,8 bilhões, alta de 0,2% nas exportações e queda de 0,7% nas importações comparadas ao mês anterior.

Equipamentos de telecomunicações e máquinas pesadas estão entre os itens que ajudaram a aumentar as exportações americanas.

Só que, de maio para cá, a economia europeia não apresentou sinais de melhora, e a China só confirmou sua desaceleração. Analistas estão pessimistas com a performance da balança comercial americana para os próximos meses.

A União Europeia é o segundo maior mercado consumidor de bens americanos, importando quase 20% do que os EUA vendem.

O deficit com a China aumentou para US$ 26 bilhões em maio. As exportações americanas para o gigante asiático cresceram 5,2%, mas as importações subiram 5,8%. É o maior deficit americano com qualquer outro país e pode bater o recorde já alcançado no ano passado.

PARCEIROS

Os EUA têm deficit com todos seus principais parceiros comerciais, como UE, Japão, China, Canadá, México, Alemanha e Coreia.

Têm superavit com o Brasil, Cingapura e Egito. O superavit com o Brasil cresceu de US$ 753 milhões em abril para US$ 956 milhões em maio. Mas a desaceleração brasileira também se traduz no menor apetite por produtos americanos. Os EUA exportaram US$ 3,649 bilhões em abril para o Brasil, número que caiu em maio para US$ 3,458 bilhões.

O Brasil exportou US$ 2,5 bilhões para os EUA em maio (no mesmo mês, a China exportou US$ 34,9 bilhões).