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Netanyahu perde aliança e supermaioria no Congresso

Saída do Kadima por divergências sobre ultraortodoxos pode antecipar eleições

DE JERUSALÉM

Durou apenas 70 dias a supermaioria parlamentar do premiê israelense, Binyamin Netanyahu. O partido centrista Kadima abandonou ontem a coalizão de governo, por divergências em torno da isenção do serviço militar a judeus ultraortodoxos.

Com o fim da maior coalizão já formada em Israel, voltaram os rumores de dois meses atrás de que as eleições podem ser antecipadas.

A lei que isenta milhares de estudantes religiosos do alistamento militar foi considerada inconstitucional pelo Supremo e expira no dia 1º de agosto. Mudanças no sistema, que incluiriam o fim da isenção aos ultraortodoxos e cidadãos árabes de Israel, haviam sido uma das condições do Kadima para entrar no governo.

Mas, temendo alienar partidos religiosos de sua coalizão, o premiê rejeitou uma proposta feita pelo Kadima para ampliar o alistamento, o que levou ao fim da aliança.

"Fizemos um grande esforço para a aprovação de uma nova lei que alteraria o equilíbrio do serviço militar", disse Shaul Mofaz, líder do Kadima e ex-chefe do Estado Maior de Israel.

Para o analista Akiva Eldar, do jornal "Haaretz", o fim da coalizão "é uma boa notícia para a democracia israelense". Sem a supermaioria, "Netanyahu terá que pensar duas vezes antes de atacar o Irã".

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