Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

"Natureza" da violência mudou, afirma Itamaraty

ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO

O governo brasileiro considera que o massacre que matou pelo menos 200 pessoas na aldeia síria de Tremseh registrou uma mudança na "natureza da violência" na Síria.

Primeiro, pela violação do cessar-fogo assumido por meio do plano do enviado da ONU, Kofi Annan. Depois, pela utilização de "armamento pesado contra civis desarmados".

"[A violência] nunca se havia produzido dessa maneira. Não foi o tom do Brasil que mudou, mas a natureza da violência, que, junto com o momento em que se deu, a torna absolutamente inaceitável", disse o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, à Folha.

Na nota emitida após as mortes, o Itamaraty condenou "veementemente a repressão violenta contra civis desarmados" e instou o governo sírio a interromper ações militares desse tipo.

Ao contrário de manifestações anteriores, dessa vez o governo brasileiro não mencionou a responsabilidade de cessar a violência de "ambos os lados".

O Brasil ainda mantém sua embaixada funcionando em Damasco, mas não descarta a retirada do pessoal se a situação se agravar na capital, como foi feito na Líbia em 2011.

Segundo o embaixador brasileiro no país, Edgard Cassiano, nos últimos três dias, foi possível ouvir tiros na região próxima à representação do Brasil. "O conflito chegou definitivamente a Damasco. É preciso tomar cuidado ao circular no centro. As pessoas têm evitado sair às ruas."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.