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Crise ameaça preservação do patrimônio italiano

DE SÃO PAULO

Descobertas como a da ossada de Lisa Gherardini, a suposta Gioconda, e outras recentes, como a de um afresco de Da Vinci emparedado atrás de uma obra de Giorgio Vasari na mesma Florença, vêm chamando a atenção.

São notícias que de certa forma ofuscam a grave situação do patrimônio cultural do país, que arrisca entrar em colapso com a crise econômica. Enquanto pesquisadores comemoram achados, as ruínas de Pompeia, a cidade tragada pelo Vesúvio há quase 2.000 anos, estão desmoronando, e pouco foi feito até agora para evitar que as construções carbonizadas desapareçam do mapa de vez.

Só a duras penas foi aprovada uma tentativa de restauro para o Coliseu, no coração de Roma, contando com fortes incentivos da iniciativa privada -uma operação de marketing camuflada de resgate que chega com atraso.

Também na capital italiana, o Museu de Arte do Século 21, ambicioso complexo projetado por Zaha Hadid, viu sua programação se esvaziar com cortes severos no orçamento e agora também ameaça fechar suas portas.

Outro museu perto de Nápoles, tentando chamar a atenção para o descaso das autoridades, vem ateando fogo a seu acervo desde abril, tendo já queimado dezenas de obras diante do público.

Enquanto isso, pesquisadores como Silvano Vinceti aproveitam o potencial midiático de suas descobertas, como ossos da Gioconda ou de Caravaggio, para transformar pesquisas ainda inconclusivas em grandes espetáculos.

Maurizio Seracini, que descobriu uma primeira versão da famosa "Medusa" de Caravaggio, teve patrocínio da National Geographic para documentar suas buscas pelo que seria mais um afresco perdido de Leonardo Da Vinci, em Florença.

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