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Regime de Assad retoma bairro de Damasco

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após seis dias de confrontos com a oposição na capital síria, forças do regime de Bashar Assad endureceram o cerco aos rebeldes e retomaram o bairro de Midan, próximo ao centro de Damasco.

Segundo a TV estatal, as tropas do governo "limparam totalmente Midan dos resíduos dos terroristas mercenários". Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, sete tanques do Exército foram enviados ao local.

Testemunhas disseram que, durante a madrugada de ontem, helicópteros das forças oficiais lançaram foguetes e atiraram com metralhadoras em distritos tomados.

Os rebeldes, contudo, alegam que a saída do bairro de Midan foi uma "retirada estratégica" da oposição. "Ainda estamos em Damasco", garantiu Abu Omar, um comandante rebelde, à Reuters.

O regime endureceu a repressão depois do atentado na última quarta-feira, que matou quatro funcionários de alto escalão de Assad.

Um deles, o chefe da segurança nacional Hisham Ikhtiar, responsável pela Inteligência, morreu ontem em decorrência dos ferimentos causados pela explosão.

Nas fronteiras do país, a disputa também seguiu ontem. Na divisa com a Turquia, o posto de Bab al-Hawa teria sido reconquistado pelo regime, mas outros dois, na fronteira com o Iraque, seguiam em poder dos opositores.

Com o aumento da violência, até 30 mil sírios teriam cruzado a fronteira do país com o Líbano desde anteontem, segundo o Acnur, agência da ONU para os refugiados. Ainda há ondas de migração para o Iraque, a Jordânia e a Turquia.

Em todo o país, o número de deslocados seria de 1 milhão desde o início dos confrontos, há 16 meses.

Segundo o Observatório Sírio, mais de 300 pessoas teriam morrido no país só anteontem, no que seria o dia mais sangrento desde março de 2011, início da revolta. Ontem, teriam morrido 74.

Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU decidiu estender a missão de observadores no país por mais 30 dias. O mandato do grupo terminava ontem.

A proposta britânica, que previa, além de sanções, mais 45 dias para a missão, havia sido vetada no dia anterior por Rússia e China.

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