Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Saiba mais

Uso em larga escala começou na 1ª Guerra

DE SÃO PAULO

A definição-padrão de arma química, usada internacionalmente para diferenciá-la das convencionais ou nucleares, é que seus efeitos sobre o organismo não dependem de nenhuma força explosiva.

Consideradas armas de destruição em massa, junto com as biológicas (como o antraz) e as nucleares, as armas químicas têm sua produção e seu armazenamento proibidos por uma convenção assinada em 1993 e vigente desde 1997.

O tratado foi ratificado por 188 países, inclusive o Brasil -mas não pela Síria, que, assim como Israel, Egito, Coreia do Norte e mais quatro países, está fora da lista de signatários.

A Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, foi o primeiro confronto em que se verificou largo emprego de armamento químico.

Apesar de já serem vetados pela Convenção de Haia, de 1907, gases como o mostarda foram usados pelas duas partes em conflito; estima-se que, entre os 8,5 milhões de mortes de soldados, ao menos 85 mil sejam consequência direta da guerra química.

Outra ocasião em que se registrou a utilização de armamento químico foi a guerra sino-japonesa (1937 a 1945), em que o Japão atacou a China não só com gases tóxicos, mas também com armas biológicas, como peste bubônica.

Os EUA usaram na Guerra do Vietnã, de 1961 a 1971, herbicidas como o agente laranja para destruir vegetação e plantações do país asiático -o Vietnã estima que 500 mil crianças tenham nascido defeituosas devido aos bombardeios.

Especula-se que o ditador Bashar Assad tenha em seu poder na Síria também reservas de gás sarin, empregado no atentado ao metrô de Tóquio que matou 13 pessoas em 1995.

Mas o maior temor é a possibilidade de que os sírios tenham o gás VX, o mais letal. O ditador do Iraque, Saddam Hussein, pode tê-lo usado com os gases mostarda e sarin contra os curdos em 1988, em ataque com 3.000 mortos.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.