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Catalunha é 3ª região da Espanha a pedir ajuda

Governo tem dívida de € 42 bi e se declara incapaz de continuar pagando funcionalismo

DE LONDRES

A Catalunha se tornou ontem a terceira região da Espanha a dizer que vai recorrer ao fundo de ajuda do governo central do país, o que gerou mais insegurança nos mercados internacionais.

A região tem dívida de € 42 bilhões, a mais alta do país, e se declarou incapaz de continuar pagando os salários de seus funcionários públicos. Com isso, se junta a Valência e Murcia, que já haviam recorrido ao governo espanhol.

Os governos locais vêm sofrendo com os altos custos de captação nos mercados, reflexo da crise de desconfiança por parte dos investidores.

A Espanha sofre com a desconfiança crescente dos investidores e de outros países da zona do euro. Analistas temem que o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy não consiga evitar um pedido de socorro às autoridades europeias que englobe toda a economia do país.

Na semana passada, a Espanha acertou o resgate de seu sistema bancário, que pode chegar a até € 100 bilhões.

Ontem, os juros dos papéis de dívida pública com vencimento em dez anos seguiam acima da casa dos 7%, considerada insustentável.

Anteontem, o banco central do país anunciou que estima uma queda de 0,4% do PIB no segundo trimestre deste ano em relação ao período de janeiro a maio -se confirmado, será o nono mês seguido de retração econômica.

Com a crítica situação, o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, viajou à Alemanha para se reunir com Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças -o que alimentou ainda mais as especulações de que o pedido de socorro do país estaria prestes a acontecer.

Em comunicado conjunto, as autoridades disseram que os altos custos de financiamento da Espanha "não correspondem aos fundamentos da economia do país, seu potencial de crescimento e a sustentabilidade de sua dívida pública".

Hoje, o espanhol se reunirá em Paris com o ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici.

Ontem, o governo espanhol causou saia justa com a França e a Itália ao divulgar um comunicado conjunto que pedia a aplicação imediata das decisões do Conselho Europeu de junho -que incluem a ação do Banco Central Europeu para reduzir os juros pagos pelos países.

Rapidamente, os governos italiano e francês desautorizaram a publicação do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, negando a petição conjunta.

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