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Em Londres, Dilma recusa ação militar na crise síria

Recado foi passado em encontro com premiê

LEANDRO COLON
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que é contra uma intervenção militar na Síria e também no Irã.

"Ela disse que medidas de intervenção militar não solucionarão necessariamente a situação na Síria, tendo-se em consideração os exemplos de Iraque e Afeganistão", disse o chanceler Antonio Patriota.

Na reunião, Dilma e Cameron classificaram a situação de "complexa" e "delicada".

O encontro entre os dois foi o primeiro evento oficial de Dilma em Londres. Ela está na cidade desde ontem para ter encontros políticos, participar da abertura dos Jogos Olímpicos na sexta-feira e promover a Olimpíada no Rio em 2016.

Dilma e Cameron também conversaram sobre o Irã. Segundo Patriota, a presidente disse no encontro que defende a necessidade de mediar o entendimento -sobre uso de energia nuclear pelos iranianos- de maneira "diplomática". "Também rechaçando qualquer tentativa de uso da força lá", disse o ministro.

A reunião de cerca de uma hora com Cameron ocorreu na Downing Street, residência oficial do premiê, e contou com a presença dos ministros Patriota, Aloizio Mercadante (Educação), Aldo Rebelo (Esporte) e Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia).

Dilma ainda disse a Cameron que o Brasil defende a soberania argentina no caso das Malvinas, histórica disputa entre argentinos e britânicos.

Em Nova York, o Brasil reconheceu ontem, pela primeira vez, a situação síria como uma guerra civil. "Enfrentamos os terríveis sintomas e consequências do que pode ser agora caracterizado como um conflito armado não internacional [guerra civil, na linguagem diplomática]", disse a embaixadora Maria Luiza Viotti na ONU.

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