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PIB do Reino Unido tem o maior recuo em três anos

Terceira maior economia da União Europeia encolhe 0,7% de abril a junho

Espanha e França cobram implementação mais rápida de plano de supervisão única do sistema bancário

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

O Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido anunciou ontem que o país não conseguiu escapar da recessão econômica no segundo trimestre deste ano.

O PIB britânico recuou 0,7% de abril a junho em relação aos três meses anteriores. Foi a maior contração desde 2009 e o terceiro trimestre seguido de queda.

Dessa forma, o Reino Unido enfrenta a maior recessão de duplo mergulho dos últimos 50 anos. Entre 2008 e 2009, o país teve cinco trimestres seguidos de contração.

O resultado fez aumentar a preocupação de que o país vai perder a nota máxima concedida pelas agências de avaliação de risco para os títulos da sua dívida.

Analistas e mercados não esperavam uma queda tão acentuada para a terceira maior economia da Europa.

Muitos lembraram que a acentuada diminuição tem relação com o feriado em que os britânicos celebraram os 60 anos de reinado de Elizabeth 2ª, em junho, mas que isso isoladamente não justifica a grande queda.

O ministro das Finanças britânico, George Osborne, declarou que o país tem "problemas econômicos estruturais", mas observou que "estamos lidando com a nossa dívida local e com a crise das dívidas no exterior".

No primeiro trimestre, Osborne culpou apenas a crise na zona do euro pela retração. O PIB britânico está hoje praticamente estagnado na comparação com o patamar de maio de 2010, quando o primeiro-ministro David Cameron assumiu o poder.

O governo Cameron vem adotando medidas de austeridade para reduzir a dívida pública e não perder a confiança dos investidores.

O Reino Unido espera que a Olimpíada possa aquecer a economia.

ESPANHA

Em comunicado conjunto, o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, e o das Finanças da França, Pierre Moscovici, cobraram a rápida implementação do mecanismo único de supervisão bancária para a zona do euro, supervisionado pelo Banco Central Europeu.

Com isso, os mecanismos de resgate a países em crise poderão ser usados diretamente na recapitalização de bancos -motivo do resgate de até € 100 bilhões que a Espanha acertou com as autoridades europeias.

O mercado teve ligeira melhora: depois de chegarem a 7,75%, maior marca desde 1996, os juros dos títulos da dívida pública espanhola caíram, mas seguem acima da casa dos 7%, considerada insustentável por analistas.

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