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Geithner joga responsabilidade do caso Libor sobre britânicos

Secretário dos EUA diz ter informado autoridades do BC do Reino Unido

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em depoimento a deputados ontem em Washington, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, disse que era do Banco da Inglaterra (BC britânico) a responsabilidade sobre os problemas da manipulação da principal taxa de juros para operações interbancárias da Europa.

Geithner era o diretor do Fed (banco central dos EUA) em Nova York quando o organismo teve conhecimento, no fim de 2007, que o britânico Barclays e outras instituições financeiras manipulavam a taxa Libor.

Segundo ele, o Fed fez o "necessário" na época.

"Nosso primeiro instinto foi não apenas relatar [os problemas] às autoridades reguladoras dos Estados Unidos e às agências de fiscalização, mas também levar isso às autoridades britânicas", disse Geithner, em audiência na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara.

"Nós achamos -e ainda acho- que era realmente responsabilidade deles resolver isso", afirmou o secretário.

Ele disse ter levado a denúncia ao Departamento do Tesouro e à SEC (a CVM norte-americana).

Durante o depoimento, os parlamentares questionaram o secretário americano sobre sua resposta aos sinais de que a taxa, usada para determinar o custo do crédito, estava sendo manipulada.

"Você compareceu a essa comissão incontáveis vezes desde 2008. Por que nunca mencionou isso?", perguntou o deputado republicano por Nova Jersey Scott Garrett.

Ontem, a União Europeia propôs que a manipulação da Libor, que ocorreu entre 2005 e 2009, e de outras taxas de interesse global seja considerada crime.

O Barclays foi o primeiro banco a admitir participação no escândalo. Outras instituições, como o Citigroup e o JPMorgan Chase, também estão sendo investigadas por violações semelhantes.

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