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Obama defende política de "bom senso" sobre armas

Casa Branca, no entanto, descarta nova legislação sobre seu controle em 2012

Em entrevista, Romney disse que mudar lei não evitará tragédias como a morte de 12 na última semana, no Colorado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em sua primeira fala mais incisiva na campanha eleitoral sobre o controle da venda de armas, o presidente Barack Obama defendeu a adoção de políticas de "bom senso" para reduzir a violência.

Pouco antes, seu concorrente republicano, Mitt Romney, havia rechaçado a ideia de que uma mudança na lei evitará massacres como o do último dia 20, no Colorado, em que morreram 12 pessoas.

"Uma grande quantidade de proprietários de armas deve concordar que [fuzis] AK-47 devem estar nas mãos de soldados, não de criminosos", disse Obama anteontem, em discurso em Nova Orleans diante da Liga Nacional Urbana, uma organização de defesa dos direitos civis e dos afro-americanos.

Sem entrar em detalhes, ele pediu um consenso entre democratas e republicanos no Congresso para frear a violência armada, indicando que as medidas para o controle de armas deveriam ser "de bom senso" e não gerar "controvérsia".

As declarações foram dadas ao fim de uma viagem de quatro dias que teve início em Aurora, no Colorado, onde o presidente se encontrou com familiares das vítimas do atirador James Holmes.

Obama, que foi forte defensor de um maior controle de armas enquanto era senador, estava sendo pressionado a se posicionar sobre o assunto desde o massacre da semana passada.

A Casa Branca, no entanto, deixou claro que uma nova legislação sobre controle de armas não estará na agenda política deste ano. Segundo o porta-voz do presidente, Jay Carney, Obama pretende manter o foco em "outras formas" de combater a violência.

Em entrevista à NBC, Romney foi questionado sobre a lei que assinou enquanto era governador de Massachusetts proibindo a comercialização de armas de assalto, como a utilizada por Holmes no massacre.

Ele, contudo, disse acreditar que as regras nacionais não precisam mudar. "Muito do que esse jovem fez estava claramente fora da lei", disse.

Ontem, um dos carcereiros da prisão de Arapahoe County, onde está detido o atirador do Colorado, disse ao jornal "New York Daily News" que James Holmes alega ter perdido a memória.

"Ele diz que não sabe por que está preso. E reclamou uma vez que não gostava da comida", disse o guarda.

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