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Argentina aperta o cerco contra saída de dólar

A partir de hoje, quem quiser enviar moeda ao exterior terá que apresentar justificativa

DE BUENOS AIRES

O banco central argentino e a Afip (Receita Federal) anunciaram novas medidas relacionadas ao chamado "corralito verde", o cerco à saída de dólares do país.

A partir de hoje, as pessoas que vivem no país e desejam enviar dólares ao exterior a familiares terão de apresentar justificativas.

Se o valor for maior que US$ 1.500 (pouco mais que R$ 3.000), será necessária, ainda, uma permissão especial por parte do BC.

Desde outubro do ano passado, o governo Cristina Kirchner tem lançado normas para evitar a fuga de capitais, um problema crônico argentino e que no ano passado chegou a US$ 20 bilhões.

Para comprar dólares pelo valor oficial (4,57 pesos) hoje, é necessário apresentar o comprovante de renda e a justificativa de compra.

No caso de viagem ao exterior, é preciso informar o destino e o período em que se estará fora. Está proibida a aquisição de dólar somente com a finalidade de poupar.

Na última semana, a Afip mandou notificações a 6.800 pessoas que compraram dólares apresentando a justificativa de que iam viajar, mas que, ao final, não o fizeram.

O número representa 20% dos pedidos feitos desde que a norma entrou em vigor.

A lista foi obtida através de um cruzamento entre os que pediram permissão para comprar a moeda e as pessoas que efetivamente saíram do país.

Notificadas, as pessoas têm cinco dias para devolver o dinheiro. Caso contrário, ficarão inabilitadas para comprar uma moeda estrangeira.

As restrições à compra do dólar oficial têm feito com que o paralelo dispare. Atualmente, a moeda é comercializada a 6,60 pesos.

(SC)

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