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Eleições EUA

Romney aceitaria ataque de Israel ao Irã

Candidato republicano, que visita Israel, respeitaria ação preventiva contra arsenal nuclear do país, diz assessor

Republicano lançou outra polêmica ao iniciar seu discurso chamando Jerusalém de capital de Israel

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O candidato republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, respeitaria uma eventual decisão de Israel de atacar as instalações nucleares do Irã, afirmou ontem seu assessor de política externa.

"Se Israel tiver de tomar medidas por conta própria a fim de impedir o Irã de desenvolver essa capacidade [militar nuclear], o governador iria respeitar a decisão", disse o assessor Dan Senor, durante a viagem de Romney a Israel.

O comentário coloca Romney em choque com a política de Washington.

O presidente e candidato à reeleição, Barack Obama, não descarta a opção militar, mas tem pressionado o governo de Israel a evitar um ataque preventivo antes que as sanções ocidentais contra o Irã surtam efeito.

O Ocidente afirma que o programa nuclear iraniano tem fins militares, mas Teerã alega objetivos civis.

Até o momento, todos os esforços para negociar o fim do programa nuclear iraniano fracassaram e Israel diz temer que, em breve, o Irã terá movido suas instalações nucleares para locais subterrâneos impossíveis de atacar.

Pressionado, Senor tentou amenizar a declaração e emitiu um comunicado no qual dizia que Romney defende que "todas e quaisquer medidas devem ser utilizadas para dissuadir o regime iraniano de seu caminho nuclear", incluindo sanções.

A visita de Romney a Israel é a parte mais importante de sua viagem internacional, que começou no Reino Unido e inclui a Polônia.

É um esforço para conquistar o poderoso eleitorado judeu americano, tradicionalmente aliado aos democratas. Seu principal argumento é que Obama não tem sido duro o suficiente com o Irã.

Em um discurso na noite de ontem, Romney disse apoiar o "direito de Israel de se defender", mas não citou um eventual ataque.

"Precisamos liderar o esforço para evitar que o Irã construa e possua armas nucleares. Precisamos empregar todo e qualquer recurso para dissuadir o Irã de seu curso nuclear e é nossa esperança que as ações diplomáticas e econômicas o farão."

JERUSALÉM

Romney tocou em outro tema polêmico ao iniciar seu discurso chamando Jerusalém de capital de Israel.

O status de Jerusalém é um dos temas mais delicados do conflito entre palestinos e israelenses, que disputam a cidade sagrada como capital de seus Estados.

A comunidade internacional não reconhece Jerusalém como capital israelense e mantém suas embaixadas em Tel Aviv.

Mais cedo, em entrevista à rede de TV CNN, Romney disse estar disposto inclusive a mudar a embaixada americana para Jerusalém, caso Israel peça.

Na cidade, Romney se encontrou com os principais líderes israelenses e visitou em seguida o Muro das Lamentações, um dos locais sagrados do judaísmo.

Hoje, o republicano deve participar de um evento para arrecadar fundos antes de partir à Polônia.

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