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Argentina libera presos para atos de Cristina

Governo alega que medida é parte da 'reinserção social'; legisladores pedem apuração

DE BUENOS AIRES

Deputados da oposição pediram ontem explicações à Justiça penitenciária com relação à denúncia feita pelo jornal "Clarín" de que presos estariam sendo levados a dar apoio em atos kirchneristas.

O diário, que é crítico ao governo, mostrou, em seu site, um vídeo com detidos cantando e empunhando bandeiras em atos pró-governo.

O caso mais destacado é o do membro da banda Callejeros Eduardo Vázquez, um dos responsáveis pela tragédia do clube Cromañon, que se incendiou em 2004, matando 194 pessoas, e condenado pela morte da mulher.

Vázquez deixou a penitenciária em que cumpre pena de 18 anos em duas ocasiões. Em uma delas, dez dias depois de sua prisão, tocou tambor, bebeu e deu autógrafos.

A presidente Cristina Kirchner defendeu que os presos com título universitário tenham autorização para comparecer a atos culturais.

"As prisões não podem ser um castigo", disse. Sobre o caso de Vázquez, a presidente explicou ser uma tentativa de "ressocialização".

O ministro da Justiça, Julio Alak, já havia declarado que as saídas faziam parte de um plano de "reinserção social".

O recrutamento dos presos é feito por um grupo de militantes do kirchnerismo que admitiu sua atuação.

O deputado Carlos Comi disse que "é um desrespeito às vítimas que os presos participem de atividades não previstas na lei". Dois outros legisladores pediram para fazer inspeção nas prisões, para saber se presos ligados à política obtêm mais privilégios. (SYLVIA COLOMBO)

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