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Cristina e Chávez fecham acordo entre petroleiras

DA ENVIADA A BRASÍLIA
DE BRASÍLIA

A Argentina acordou com a Venezuela estreitar relações entre a petroleira YPF, expropriada pela gestão Cristina Kirchner da espanhola Repsol neste ano, e a PDVSA, estatal venezuelana.

Segundo o documento, a expropriação da YPF, em abril passado, e o ingresso da Venezuela no Mercosul tornam "necessário um novo esquema de relacionamento estratégico na área energética entre ambas as nações".

O acordo foi selado entre Kirchner e Hugo Chávez em cerimônia na Embaixada da Argentina em Brasília.

O documento prevê, por exemplo, a elaboração de uma carteira de projetos petrolíferos para obter financiamento conjunto e participação da PDVSA em projetos de expansão na área petroquímica.

Na última sexta, Kirchner assinou decreto que determina que as empresas do setor petroleiro devem apresentar ao governo seus planos de investimentos. O Estado terá de aprovar a margem de lucro que as companhias pretendem ter no mercado interno.

O decreto segue lei de abril, que ordenou a expropriação de 51% das ações da YPF, tirando o controle das mãos da Repsol. Buenos Aires promete pagar compensação à empresa, que, por sua vez, anunciou processo contra o país.

Além de apoiar a decisão de Cristina, Chávez advertiu a companhia espanhola de que represálias contra Buenos Aires poderiam afetar os negócios com Caracas.

Em Brasília, o venezuelano voltou a conversar com o governo brasileiro e a Petrobras sobre a parceria da empresa com a PDVSA para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Chávez, que jantou com a presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a prometer que sua estatal resolverá "alguns problemas" e aportará sua parte no investimento para a obra. A PDVSA vem encontrando dificuldades para conseguir garantias necessárias para ter acesso a financiamento do BNDES.

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