Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

EUA apontam 'preocupação' do Brasil com o terrorismo

Departamento de Estado faz elogios a cooperação

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Após um hiato, os EUA voltaram a indicar que os serviços de segurança do Brasil estiveram "preocupados" com a possibilidade de terroristas usarem o território do país de base para lançar atentados.

A informação está no "Relatório sobre Terrorismo nos Países em 2011", divulgado ontem pelo Departamento de Estado. Em 2008 e 2009, menção similar fora feita, mas desta vez ela foi um dos destaques da avaliação do país.

A Folha procurou o Itamaraty no fim da tarde por e-mail e celular para pedir detalhes sobre essa preocupação, mas até a conclusão da edição não teve resposta.

"Os serviços de segurança do Brasil estiveram preocupados com a possibilidade de terroristas explorarem o território brasileiro para apoiar ou facilitar atentados terroristas, domésticos ou no exterior", diz o texto, sem maiores explicações a respeito.

Os esforços brasileiros, segundo os EUA, focaram São Paulo, a Tríplice Fronteira com o Paraguai e a Argentina e as fronteiras com Peru, Colômbia e Venezuela.

Brasil e EUA trabalharam juntos investigando suspeitos de terrorismo, informa o relatório, como em 2010. A cooperação foi elogiada.

Alvo antigo da atenção de Washington, que suspeita da lavagem de dinheiro de organizações extremistas na região, a Tríplice Fronteira aparece pela primeira vez ligada a comentários positivos.

Para os EUA, o Brasil fez "esforços visíveis na infraestrutura policial e aduaneira para controlar o contrabando de mercadorias legais e ilegais na região". O relatório também elogia ações da Receita para reduzir o fluxo de armas, drogas e contrabando na fronteira paraguaia.

Sobre o panorama global, o Departamento de Estado ressalta que os EUA continuam preocupados com a rede terrorista Al Qaeda após a morte de seu fundador, Osama bin Laden, em 2011.

Mas o foco de atenção deixou de ser o grupo original, enfraquecido, e passou a suas afiliadas, sobretudo no Iêmen, na Somália e no Iraque.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.