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Após ataque, Egito fecha passagem a Gaza

Atiradores matam ao menos 16 policiais egípcios e tentam cruzar fronteira; Israel revida e pede 'ação determinada'

Presidente se reúne com junta militar para avaliar episódio; Hamas nega envolvimento no atentado e culpa Israel

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo do Egito decidiu fechar ontem a fronteira com a faixa de Gaza em Rafah após um ataque na península do Sinai que matou ao menos 16 policiais egípcios.

Segundo a agência de notícias egípcia Mena, o grupo de atiradores que atacou o posto de controle na divisa com Israel seria de "jihadistas" de Gaza que atravessaram para o Egito por túneis.

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, convocou uma reunião de urgência com a junta militar do país para tratar da reação ao atentado. Após o encontro, Mursi, que como candidato da Irmandade Muçulmana venceu neste ano as primeiras eleições livres no Egito, realizadas após a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, afirmou haver dado "ordens claras" para que fossem capturados "os que estão por trás desse odioso ataque".

As afirmações foram feitas em pronunciamento transmitido pela TV. O episódio é considerado um teste diplomático para a gestão presidencial.

O atentado elevou a tensão do Egito com Israel, cujo governo pediu um maior controle do Cairo na região do Sinai. Os homens armados teriam tentado entrar em território israelense após matar os policiais no país vizinho.

"As ações dos terroristas mostram novamente a necessidade de uma atuação determinada do Egito para impor a segurança e evitar o terrorismo no Sinai", disse o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, em comunicado, após os ataques.

Segundo Israel, depois de assassinar os policiais, os atiradores pegaram dois caminhões militares, com os quais tentaram cruzar a fronteira.

"Um dos dois veículos do Exército egípcio explodiu e o segundo foi atingido pela força aérea israelense na passagem de Kerem Shalom", disse o gabinete do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.

Forças de segurança egípcias afirmaram que quatro dos agressores foram mortos.

O grupo militante palestino Hamas negou a participação no ataque ao posto de controle egípcio. Segundo Islam Shahwan, representante do grupo, todas as facções de Gaza estão comprometidas apenas com a resistência à ocupação israelense dos territórios palestinos.

Shahwan acusou Israel de difundir informações falsas de que os autores do ataque vieram de Gaza e responsabilizou o país por eventual escalada de violência na região.

ESCUDO

Uma fonte israelense revelou ontem à agência Reuters que o país está aprimorando seu escudo de mísseis balísticos Arrow 2 em uma "corrida" apoiada pelos Estados Unidos contra o Irã, a Síria e outros inimigos regionais.

"A precisão e o alcance serão maiores", disse a autoridade, cujo nome não revelado, sobre o Arrow, projetado para explodir mísseis em altas altitudes.

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